BAUSSANT

O Baussant é o estandarte das Guias e Escuteiros da Europa.

É inspirado directamente no estandarte dos Templários, com fundo em dois tons, preto à direita e branco à esquerda. Como no pendão templário, onde estão sobrepostas, estas cores representam a luta do bem contra o mal. Sobre este fundo está o emblema do movimento: a cruz vermelha da Ordem de Malta sobreposta ao centro por uma flor-de-lis dourada. Este estandarte foi criado e adoptado em 1966 durante uma peregrinação nacional da associação francesa ao Monte Saint-Michel.

Segundo o cerimonial, a cruz da Ordem de Malta representa a fé católica professada pelo movimento, e as suas oito pontas são as oito bem-aventuranças do Sermão da Montanha. A cor vermelha simboliza o sangue dos mártires.

A flor-de-lis é o emblema universal do escutismo. Este símbolo, que indicava o Norte nos mapas antigos, mostra a direcção a seguir. A flor-de-lis também lembra as três virtudes das guias e dos escuteiros: franqueza, dedicação e pureza. Uma linha branca circunda a cruz para que esta nuca entre em contacto com a parte negra, simbolizando a vitória do bem sobre o mal. É sobre este Baussant que as Guias e Escuteiros da Europa se comprometem solenemente ao pronunciar sua Promessa.


BANDEIRA DE PORTUGAL

Divide-se verticalmente em duas cores, verde e vermelho, ficando o verde do lado da tralha ou do mastro. No centro, está o escudo das Armas Nacionais, orlado de branco, assente sobre a esfera armilar manuelina, em amarelo e avivada de negro.

O comprimento é uma vez e meia superior à altura. O verde ocupa dois quintos do tamanho da bandeira e o vermelho, ocupa os restantes três quintos. O emblema preenche metade da altura, ficando a igual distância da orla superior e inferior.

Foi criada por uma comissão nomeada pelo governo provisório da República em 1910, composta pelo pintor Columbano Bordalo Pinheiro, o escritor Abel Botelho, o jornalista João Chagas e dois combatentes do 5 de Outubro o tenente Landislau Pereira e o capitão Afonso Palla. Preserva as cores verde e vermelho, dos movimentos revolucionários republicanos de finais do século XIX que levaram à abolição da Monarquia.

Não foi consensual a adopção das cores, mas a comissão justificou a decisão: o branco representa «uma bela cor fraternal, em que todas as outras se fundem, cor de singeleza, de harmonia e de paz»; O vermelho «… uma das cores fundamentais por ser a cor combativa, quente, viril, por excelência. É a cor da conquista e do riso».

O verde que não tinha tradição histórica em Portugal, surgiu no estandarte da revolta de 31 de Janeiro de 1891 que conduziu à deposição da monarquia em 1910, e por isso foi mantido como uma das cores da bandeira da República.

Esfera armilar
A esfera armilar foi um importante instrumento astronómico e de navegação para os marinheiros portugueses que se aventuraram em mares desconhecidos, durante a Era dos Descobrimentos. Foi introduzido pelos Cavaleiros Templários, cujo conhecimento foi essencial para os descobrimentos portugueses - Infante D. Henrique, o grande responsável do desenvolvimento da Era dos Descobrimentos, foi realmente o Grão-mestre da Ordem de Cristo. Tornou-se, assim, o símbolo do período mais importante da nação, os descobrimentos portugueses. À luz disto, D. Manuel I, que governou durante este período, incorporou a esfera armilar na sua bandeira pessoal. Foi simultaneamente utilizado como estandarte de navios que dobravam a rota entre a metrópole e o Brasil, tornando-se assim um símbolo colonial e um elemento fulcral das bandeiras do futuro reino e império brasileiro.

Acrescentando ao significado da esfera ser comum em todas as obras arquitectónicas de influência manuelina, onde é um dos principais elementos estilísticos, como visto no Mosteiro dos Jerónimos e na Torre de Belém.

Escudo português
O escudo português assenta sobre a esfera armilar. Excepto durante o reinado de Dom Afonso Henriques, está presente em cada bandeira histórica, de uma forma ou de outra. É o principal símbolo português, bem como um dos mais antigos, com os primeiros elementos do escudo actual a aparecerem durante o reinado de D. Sancho I. A evolução da bandeira portuguesa está inerentemente associada com a evolução do escudo.

Dentro de uma borda branca, cinco pequenos escudos azuis, com seus cinco besantes brancos representam as Cinco Chagas de Cristo quando crucificado e popularmente associadas com o "Milagre de Ourique" A lenda associada com este milagre conta que antes da Batalha de Ourique (25 de Julho de 1139), o Anjo Custódio apareceu diante de Conde Afonso Henriques (futuro Afonso I de Portugal) como um mensageiro divino. Previu a vitória de Afonso Henriques e garantiu-lhe que Deus estava olhando por ele e seus pares. O Anjo aconselhou-o a afastar-se de seu acampamento, sozinho, se ouvisse o sino da capela próxima a tocar na noite seguinte. Ao fazer isso, testemunhou uma aparição de Jesus na cruz. Eufórico, ouviu Jesus prometendo vitórias para as batalhas que viessem, dizendo que Deus desejava agir através de Afonso e seus descendentes, a fim de criar um império que levaria seu nome para terras desconhecidas, escolhendo o português para realizar grandes tarefas.

Impulsionado por esta experiência espiritual, Afonso Henriques ganhou a batalha contra um inimigo poderoso. Diz a lenda que Afonso Henriques matou os cinco reis mouros das taifas de Sevilha, Badajoz, Elvas, Évora e Beja, antes de dizimar as tropas inimigas. Assim, em gratidão a Jesus Cristo, incorporou cinco escudos dispostos em forma de cruz cristã, representando a vitória divina conduzida sobre os cinco reis inimigos cada um carregando com as cinco chagas de Cristo na forma de besantes de prata. A soma de todos os besantes (sendo os besantes centrais contados duas vezes) daria trinta, simbolizando os 30 dinheiros que Judas teria recebido pela traição a Jesus Cristo.

No entanto, as evidências indicam que o número de besantes em cada escudo foi superior a cinco durante longos períodos a seguir ao reinado de Dom Afonso Henriques, bem como o facto de que somente no século XV, esta lenda ser registada numa crónica de Fernão Lopes (1419), suporta esta explicação como um puro mito altamente carregado de sentimento patriótico no sentido de que Portugal foi criado por uma intervenção divina e estava destinado a grandes feitos.

Os sete castelos são tradicionalmente considerados um símbolo das vitórias portuguesas sobre os seus inimigos mouros, durante o reinado de D. Afonso III, que supostamente conquistou sete fortalezas inimigas durante a conquista do Algarve, concluída em 1249. No entanto, esta explicação é fraca, uma vez que este rei não tinha sete castelos na sua bandeira, mas sim, um número não especificado. Algumas reconstruções exibem cerca de dezasseis castelos, sendo este número alterado para doze em 1385, e sendo apenas fixado em sete em 1485. Uma hipótese sobre a origem dos castelos na borda vermelha encontra-se nos laços de família de D. Afonso III com Castela (sua mãe e segunda mulher eram castelhanas), cujos brasões consistiam num castelo dourado sobre um campo vermelho.


BANDEIRA DA EUROPA

Adoptada a 8 de Dezembro de 1955, dia da Festa da Imaculada Conceição.

Sobre o fundo azul do céu do Ocidente, as estrelas representam os povos da Europa, formando um círculo em sinal de união. As doze estrelas simbolizam a perfeição e a plenitude.

E para os três cristãos que propuseram esta bandeira ao conselho da Europa em 1955, as doze estrelas relembram, igualmente a coroa da virgem Maria descrita no Livro do Apocalipse. Antes de apresentarem o seu projecto ao conselho, estes três homens rezaram em conjunto na catedral de Estrasburgo, diante da virgem coroada de estrelas.